quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Grávida aos 21

Boa noite gente,

Estar grávida aos 15 não foi fácil, muita coisa era difícil e a falta de informação era enorme, mas aos 21 foi mais simples.

Tudo começou quando eu e o Alê resolvemos ter um filho, eu queria engravidar no final de 2012, porque eu tinha planos na carreira profissional e temia que isso me atrapalhasse, mas não foi assim que aconteceu, Deus quis de outra forma e em dezembro de 2011 eu engravidei, um mês depois de ter parado de tomar a pílula. Eu descobri em janeiro, já "sentia" que estava grávida.

Como eu e o Alê trabalhávamos na mesma empresa, eu aproveitei que tinha que ir até a ANAC com meu amigo e convenci ele á me levar ao P.S de um hospital que tinha lá perto pra pedir uma guia pra fazer o BHCG, que eu sabia que era infalível, lá fomos nós, no P.S e no Delboni, tudo na maior correria, sorte que estávamos de moto, fomos pra ANAC, nesse meio tempo o Alê estava ligando desesperado querendo saber se tinha acontecido alguma coisa, eu disse que tinha furado o pneu da moto em plena 23 de maio, que foi o maior sufoco, ele acreditou e eu fiquei quieta. Passamos o resto do dia trabalhando e quando chegamos em casa eu estava quase morrendo de curiosidade pra ter a certeza, mas não podia ir ao site pra ver, ele estava ao meu lado e ia estragar a surpresa, ele foi tomar banho e eu corri pra ver, tinha dado um valor muito alto e eu interpretei como um "positivo", Comecei a chorar e liguei pro meu amigo, foi só risada, ele disse que já sabia, eu estava com cara de grávida mesmo. Desliguei o telefone e gritei: (num guentei segurar e fazer alguma coisa mais "Elaborada") "TU!!!! VOCÊ VAI SER PAPAI" ele saiu rapidinho e depois de ficar repetindo que era mentira, que eu estava brincando, de ler e re-ler o exame e por fim ver que era verdade, foi aquela alegria! Acho que nunca vi ele tão feliz...

Não tinha ninguém em casa a não ser eu e ele, liguei na minha mãe e disse que ela, minha vó e a Pi precisavam vir urgente na minha casa, elas vieram, eu pedi que se sentassem e  dei o pc com o exame na tela pra minha mãe, que perguntou o que era, eu mostrei o exame toda feliz e ela não entendeu nada, tive que explicar e ela quase caiu dura do sofá... Minha vó ficou meio assim também e a Pi estava boiando. Passado o susto, e claro, elas disseram que estávamos loucos, o Alê explicou que queria muito o bebê e que seria homem suficiente para assumir a responsa, esse era o maior medo delas, aproveitamos a noticia com alegria.

Como plano era engravidar em dezembro, porque até lá eu já estaria casada, (no plano original era casar em julho) mas tivemos que mudar os planos né?! Eu queria continuar o plano, mas minha mãe foi mais realista e objetiva e disse "Você vai estar enorme, como vai achar um vestido que entre, e mais, como vai usar salto? Não vai dar não, vamos adiantar que é melhor", eu nem tinha pensado nisso e ela estava certa, achei melhor ser em abril e assim foi. (tem outro post pra isso)

Bom, o tempo foi passando e nós dois resolvemos ir fazendo o enxoval aos poucos, assim não ia gastar muito de uma vez, (engano meu haha) e sempre que passávamos na frente de uma loja de bebê, eu entrava e comprava alguma coisa, fui na feira da gestante, conheci muitas coisas que eu nem tinha ideia que existissem, comprei as coisas como eu queria, fomos visitar as maternidades e pesquisamos muitas coisas juntos e no geral foi uma gestação muito boa e bem desejada.

Como pai de primeira viagem, ele foi muito atencioso, não perdeu nenhum exame e nenhuma consulta, participou na escolha das roupas, correu comigo inúmeras vezes ao hospital, fazia massagem, comprou inúmeros vasos de barro pra matar minha vontade e sempre me passou segurança, me apoiou e amou o bebê desde o início.

Eu estava trabalhando e continuei até o 8º mês, só parei porque emendei férias, meu serviço exigia muito de mim e eu mal me aguentava, afinal foram quase 30 quilos, senti muita dor desde o começo, e muito sono, enfim, saí antes e foi ótimo, deu tempo de arrumar tudo e descansar até a chegada dele.

O Arthur nasceu em Setembro e foi tudo perfeito, ele nasceu bem, cm muita saúde e foi bem recebido.

Foram muitas as diferenças entre as gestações, aos 21 foi mais fácil, porque eu tinha minha casa, meu noivo (não tinha casado ainda), meu dinheiro e minha vida, a independência era maior, não tinha ninguém pra julgar e dizer que aquilo era caro demais, ou que eu não ia usar aquele outro. O apoio do Alê foi fundamental para tudo isso, a maturidade dele fez com que ninguém se intrometesse na minha gestação. 

A sensação de ser mãe novamente foi diferente da primeira vez, eu me senti "mais Mãe" porque poderia sentir tudo de novo e poderia aproveitar o melhores momentos, coisas que perdi da primeira vez, sempre pensei que Deus estava me dando uma nova oportunidade de ser melhor, de colocar em prática os acertos que tive com a Pi e não repetir os erros que tive com ela.

A segunda vez me mostrou o que é "Ser" família, coisa que não tive ma primeira, me ensinou e ainda ensina muita coisa.

Por isso eu falo:
ser mãe nova é bom, mas com independência e ideais é melhor ainda....

Com 34 semanas ;)

Primeira foto da família completa com o Arthur.
Beijos e até mais.

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